domingo, 5 de junho de 2011

João Pessoa/PB - Hostel Manaíra

          Fiz um roteiro com dicas pra um amigo que vai pra João Pessoa e resolvi compartilhar com vocês. Assim como eu, ele vai voando até o Recife e de lá segue pra JP.

          Chegando ao aeroporto do Recife, é melhor pegar um táxi para a rodoviária, porque ela fica bem afastada do centro. Deve dar uns R$ 50, mas eu acho mais seguro do que ir de circular ou metrô. Primeiro porque você vai estar com bagagem, e segundo porque eu não tenho noção de como chegar até lá dessa forma... Assim que você desembarcar, certeza que vai ouvir no alto-falante do aeroporto para não aceitar a abordagem de taxistas não credenciados – existem muitos por lá. Procure pelos guichês de táxi, logo que você sair da área de desembarque. Acredito que já dá pra pagar a corrida ali mesmo – inclusive com cartão – e assim você tem mais garantias.
          São duas as empresas de ônibus que ligam Recife a João Pessoa, Bonfim e Progresso. A Bonfim não tem site (se jogar no Google, vai aparecer uma “Bomfim”, que não é a mesma que eu usei). Já a Progresso tem site pra consulta de horários: www.autoviacaoprogresso.com.br. São duas horas de viagem entre as duas capitais, rapidinho. Da rodoviária de Jampa (é como o povo do Recife chama João Pessoa) você pode pegar um táxi para o albergue – cerca de R$ 20 – ou ir de circular, já que o terminal de ônibus urbano é na frente. Nesse caso, você deve pegar o ônibus de nº 513 e pedir pra descer no ponto depois da “Quadra de Manaíra”. 
          O hostel de Jampa se chama “Manaíra Hostel”. O site tá fora do ar, mas você pode ver os detalhes pelo site da Federação dos Hostels: http://www.hostel.org.br/pg.php?hi=ver_hostel&idhostel=74. O hostel é muito bom e bem localizado. No preço tá incluído café da manhã e roupa de cama. Toalha de banho eles cobram à parte. Se resolver ir de ônibus, assim que descer no ponto que eu te falei, bem em frente à praia, do outro lado da rua, tem um quiosque chamado “Açaí na Praia”, esse será seu ponto de referência. Entrando na rua logo ao lado do quiosque, é só seguir três quarteirões e na metade do quarto quarteirão, do lado direito, está o albergue. É uma casa com muros cor de laranja e portões brancos. Tem uma placa gigante na frente, não tem como errar. Rua Major Ciraulo, nº 380, Manaíra. (83) 3247-1962.

          Agora, o que fazer em Jampa:
- Comida: Pertinho do albergue – umas duas quadras em direção à praia, vira à esquerda na rua Edson Ramalho – está o restaurante Mangai. Lugar excelente, decoração e comida típicas. Na época, o quilo estava R$ 30,90. É cada prato melhor do que outro, dá pra comer um pouco de tudo, vale muito a pena. Eu recomendo o pão de seda com carne de sol, carne de sol com nata e de sobremesa o coco ‘zóião’. Eles colocam cocada no fundo da casca do coco e sorvete por cima. Maravilhoso (tem foto de tudo isso no Orkut). Pra comer mais barato, siga umas oito quadras, pela lado direito da avenida da praia, até chegar em frente ao Hotel Tambaú. Não tem como errar, todo mundo conhece esse hotel. Em frente ao Tambaú, tem uma feirinha de artesanato com várias coisas bacanas pra comprar e, logo ao lado, tem uma praça de alimentação, com várias lanchonetes. Assim que você chegar nesse lugar, vai surgir um monte de gente te mostrando cardápio e tal. Procure a lanchonete “Sabor da Goma”. Eles são super atenciosos. E lá prove o purê de macaxeira com carne de sol (já viu que eu virei fã dessa carne...) e também uma tapioca. O difícil vai ser escolher o sabor da tapioca, a variedade é imensa!  E cuidado, apesar de barata, ela vem grandona! Então, se não estiver com muita fome, coma o purê num dia e a tapioca no outro. Esse lugar é bem bacana, todo os dias na hora de jantar ou eu ia pro Mangai, ou pra feirinha de Tambaú.
Tapioca de Goiabada

 - Segurança: Eu achei Jampa muito sossegada – mas não se assuste com a quantidade de prostitutas na avenida da praia, lá é “normal”, e elas começam cedo, 19h30 já tinha um monte. Assim como em qualquer lugar do mundo, é sempre bom tomar cuidado. Não ostentar relógio, celular, essas coisas. Mas eu andei muito a pé nesse trajeto Hostel-Tambaú, de dia e de noite e não tive qualquer problema. E certamente o hostel vai estar cheio de gente, então sozinho é que você não vai ficar.

- Passeios: 
Todos eles você agendar na recepção do hostel ou então, caminhando pelo calçadão de Tambaú, tem vários bugueiros oferecendo. Vai de você juntar uma galera e ver o qual sai o mais barato.

1 – Areia Vermelha: Esse eu recomendo. Você vai até o município vizinho, Cabedelo (pertinho), e da praia pega um barco que avança pra dentro do mar até chegar num banco de areia. Mas isso só na maré baixa, quando a maré sobe esse lugar desaparece! É muito bacana você ver toda a cidade de “dentro” do mar. Custa uns R$ 20 a R$ 30. E o horário pra esse passeio varia de acordo com a baixa da maré. Isso quer dizer que você pode ter que sair beeeeeem cedo ou então depois do almoço. Mas é claro que a agência avisa antes o horário. 

2 – Picãozinho: Esse eu não fiz, mas quem fez disse que gostou. No mesmo esquema da Areia Vermelha, depende da maré baixa. Mas em vez de areia, você vai para umas piscinas naturais. O preço é igual ao anterior, mas pra ir é mais fácil. Você vai até Tambaú e da praia mesmo saem os barcos pra lá. Lembrando sempre de checar a hora da maré mais baixa pra aproveitar. Tem os espertinhos que falam que vai estar baixa e você chega lá e não consegue curtir as piscinas pq a água ta muito alta.

3 – Litoral Sul: Recomendadíssimo! Esse todo mundo que vai pra Jampa tem que fazer (eu fiz duas vezes). Sai de manhã num bugue (se você não estiver com turma, a agência te encaixa num grupo de outros hotéis) e visita cinco praias: Barra do Gramame, Jacumã, Praia do Amor, Coqueirinhos e Tambaba). A parada maior é em Coqueirinhos, tanto pra banho de mar quanto pra almoçar. Tambaba é a última, mas tem o trecho “normal”, onde não precisa tirar a roupa. Se quiser, é só subir a escada... (tenho fotos também). Dura o dia inteiro e é bem divertido.
Praia de Coqueirinho
4 – Por do sol na praia do Jacaré: Também recomendo! Fui duas vezes, com a agência “Maresia”, da Luciana. Gostei bastante deles. R$ 20 ou R$ 25, não lembro. O Jurandir do Sax toca o Bolero de Ravel enquanto o sol se põe. O truque é chegar cedo pra pegar um lugar bem na beira do píer (cedo mesmo, três da tarde, porque lá as cinco horas o sol começa a descer). Uma dica: não precisa ‘se matar’ pra ver o cara tocando. Apenas ouça a música e observe o sol descer aos poucos, bem melhor. Enquanto todo mundo se estapeia pra tirar foto do cara e com o cara, eu nem liguei pra ele e curti a paisagem. Logo em seguida, entra uma moça tocando Asa Branca e Amigos pra Siempre no violino, muito bom também.

5 – Litoral Norte: Esse, eu fiz pra conhecer só. Não é tão bonito quanto o litoral sul, mas também não é horrível. Mas é passeio pra uma vez só, não tem graça repetir. E eu acabei fazendo esse passeio porque ele incluía Areia Vermelha e de ‘cortesia’ eles pararam no Por do Sol de novo, por isso fui. Bom, depois de Areia Vermelha, uma passada rápida pelo marco Zero da BR-230 e pela Fortaleza de Santa Catarina. Mas rápido mesmo, menos de meia hora – é só pra fotografar. Aí ele atravessa num ferry boat até um vilarejo que eu esqueci o nome, sobe numa igreja bem antiga, de onde se tem uma vista bem linda do porto de Cabedelo (tem foto de tudo isso lá no meu perfil). Aí segue para Lucena. Uma cidade comédia, bem interior do nordeste mesmo, daqueles lugares onde jegue passa no meio da rua. A praia não é muito bonita não, serviu mais pra almoçar mesmo e dar uma descansada.

6 – Farol do Cabo Branco e Estação Ciência: Se você tiver disposição, dá pra ir caminhando – me parece que são uns dez quilômetros. Eu fui caminhando pelo calçadão mesmo, saindo de Manaíra, passando por Tambaú e pela praia do Cabo Branco. Vale a pena pq dá pra ir parando pra tirar fotos, lugares bem bonitos. Ao chegar no fim das praias, tem uma ladeira e depois um mirante de onde se vê toda a orla de Jampa. Logo em frente você já enxerga a Estação Ciência, muito bacana, foi projetado pelo Niemeyer e a entrada é gratuita. Mas é só pra tirar fotos mesmo – a não ser que você dê sorte e pegue algum evento rolando por lá. Logo atrás dessa Estação fica o Farol do Cabo Branco, extremo leste das Américas. Vale a pena tirar várias fotos e tomar uma água de coco – depois da caminhada, nada melhor... Se resolver ir a Praia do Seixas, cuidado. Eu fui e não aconteceu nada, mas o pessoal de lá falou que o risco de assalto é grande. Na dúvida, não voltei. 
- Vida noturna: Não sei você, mas eu não ligo muito pra balada, logo não tenho muito que te ajudar. Fui um dia num bar chamado “John People”, mas porque o pessoal que mora em João Pessoa tinha marcado de se encontrar lá. Mas isso aí, aquele esquema, basta conhecer uma galera pra resolver o que fazer e aonde ir.

- Centro histórico: Eu particularmente gosto muito de visitar essa parte das cidades, me interesso pela história. Se você quiser, é só pegar o circular 513 (sempre esse), na rua do Mangai (andou dois quarteirões saindo do hostel, pela esquerda, já vê o ponto) e pedir pra descer no ponto da Lagoa. A passagem custava R$ 1,80. Dessa Lagoa você pode fazer todo o resto a pé. O bacana é pegar o por do sol no jardim do antigo Hotel Globo. Não paga nada pra entrar e é um visual bem legal. Além disso, são os prédios antigos e tal. Como te disse, eu gosto... Pra se orientar nesse lugar é bom pegar um mapa turístico no centro de informações, numa galeria pertinho do Tambaú (você vai passar na frente todos os dias).
Igreja e Museu de São Francisco

*Só pra lembrar: minha passagem por Jampa foi em novembro de 2009. Logo...

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