domingo, 5 de junho de 2011

Natal/RN.

            Estive na capital potiguar entre os dias 09/11 a 16/11/10, e retornei entre 26/11 a 30/11/10. Logo, só posso relatar o que vivi nesse período; se alguma coisa mudou de lá pra cá, paciência.

            Eu fiquei hospedado no Bairro de Ponta Negra, o qual eu achei o mais turístico de Natal – não que isso o desabone; pelo contrário. A praia de P.Negra é muito boa! Água limpa, com pontos de corrente mais forte, outros mais fraco, muitas opções de barracas para sentar, beber e comer. Lá fica o famoso Morro do Careca, cartão-postal indefectível de Natal. Dá pra ir caminhando até a base dele, mas subir nem pensar, tudo impedido. E eu acho legal só ir até a base do Morro pra tirar umas fotos e voltar, porque não é o melhor ponto da praia para ficar. Iniciando uma caminhada a partir do Morro, alguns metros a frente já começam as barracas, cadeiras e serviço de praia; nesse começo é nítida a presença maciça de estrangeiros (especialmente italianos). Não que isso seja algo ruim – pelo contrário, estrangeiros podem ser bem divertidos – mas, quanto mais gringos, mais caras as coisas e maior a frequência de prostitutas. Isso mesmo, é mais comum do que se imagina, mas pelo menos não vi nada relacionado a crianças nesse sentido, ali na praia (me haviam dito que era um absurdo o número de menores se oferecendo na praia. Não vi nada disso). Mas é aquela coisa, cada um no seu quadrado e todo mundo se diverte. Conforme vai se afastando do Morro, as barracas vão sendo ocupadas por turistas brasileiros e natalenses, o que torna o ambiente um pouco mais familiar. Aí vai da pessoa observar e ‘montar’ acampamento’ onde preferir. Mas desse lado mais longe do morro, as barracas ficam um pouco mais baratas (sempre pergunte o valor antes de sentar).
Ponta Negra
            Na rua do hostel Lua Cheia, à noite, o movimento é bem interessante. Além do Taverna Pub, tem a tapiocaria Casa de Taipa (muito boa), casa de forró Rastapé, um outro barzinho mais a frente que eu não fui, e não lembro o nome, e mais algumas opções para comer ou se divertir. O Taverna só não abre aos domingos, e a cada dia eles tem um tema diferente, que varia do samba ao rock clássico – basta passar na frente e ver o banner.
Lua Cheia
- Passeios:
- Genipabu. Paguei R$ 84,00, na recepção do hostel (na verdade era R$ 80, mas eles cobraram R$ 4 a mais por ser no cartão...). O bugueiro vem buscar de manhã e o retorno é por volta das cinco da tarde. O passeio segue toda a via costeira e passa pelas praias urbanas em direção à zona norte, mas não para em nenhuma delas. Depois de passar a ponte Newton Navarro, já se chega à praia de Redinha; é uma parada rápida, assim como em todas as outras – Barra do Rio, Pitangui. A primeira parada em dunas é onde tem a famosa lagoa, onde todo mundo para para tirar fotos. Tem uns caras que ficam te enchendo para tirar fotos com latinha de cerveja, não sei mais o que; eu particularmente acho um saco esses caras que pensam que são OS guias, mas só fazem torrar a paciência e pedir grana. Eu nem dei trela e fui tirar foto sozinho; mas ventava tanto, tanta areia grudada no protetor que eu parecia uma lixa humana. Ficamos pouco tempo seguimos viagem. (Importante! Dias depois de ter feito esse passeio, me falaram que uma parte do parque de Genipabu havia sido fechada pela prefeitura. Não sei se foi verdade, se ainda tem alguma coisa fechada, muito menos qual parte. Informe-se MUITO BEM sobre isso antes de pagar o passeio).
            Depois desse trecho, fomos para o alto da praia de Genipabu, onde ficam aqueles dromedários para passeio. Olha, nunca que eu iria pagar R$ 35 para andar meia hora naquele bicho; aliás nem se fosse R$ 5... Só tirei foto mesmo. Em seguida fomos para onde se faz o esquibunda; paguei R$ 6 para descer (esse valor é só pra UMA descida) e, assim, vale a pena fazer porque é meio que clássico em Natal, e até que é divertido, reconheço. Mas segue a recomendação do cara que fica lá no alto, senão você cai antes da hora e desce rolando a duna. Depois disso, fomos para outro ponto onde se faz o aerobunda e o tobogã, ambos custando R$ 7 cada um; ambos são divertidos. No aero, enquanto você desce, um cara lá embaixo vai tirando fotos suas, quadro a quadro, para depois te vender – sim, eles tem notebooks ligados lá embaixo, na beira da lagoa – por R$ 10. Na empolgação, comprei, sabe como é né... Se sabe nadar, então não tem erro, quando chegar perto da água, pula na lagoa! Aí vem nadando até uma jangadinha que te leva até a margem; se não souber, fica agarrado na ‘cadeirinha’ que depois que atingir a água, o cara te puxa por uma cordinha até a jangada. Já o tobogã é um ‘encerado’ gigante que desce toda a duna até a lagoa; eu gosto dessas coisas, então fui parecendo uma criança, haha. Valeu a pena.
Lagoa do Aerobunda
            Terminada essa parte, passou por mais trechos de dunas – o famoso ‘com emoção, sem emoção’ – e nosso guia parou numa cidadezinha para almoçarmos. Não há meio de eu me lembrar o nome do lugar, Muriú, Punaú, só sei que tem ‘u’ no meio. O restaurante foi o ‘Sol e Mar’, muito bom! Um peixe assado divino. E eles aceitam cartão! Na volta, passou pelas dunas de novo e o guia parou num lugar que tem uma lagoa (não aquela das fotos, outra), onde até dá pra entrar, mas eu tava podre de cansaço – tinha ido dormir às quatro da manhã e levantado às sete daquela mesma madrugada – fiquei só observando e tirando fotos.

- Maracajaú: De novo fechei com o hostel, paguei R$ 99 (R$ 4 a mais por ser no cartão). O passeio consistiu no seguinte: depois de ter pegado todo mundo nos hotéis (chovia), seguimos direto para Punaú, pois a guia disse que nosso horário para o catamarã de Maracajaú era apenas 13h30. Punaú é legal, tem um lugar bacana para sentar e tomar umas, com um riozinho que encontra o mar, vários coqueiros e dunas. Rende boas fotos, mas a praia é com muito vento também, não dá pra ficar na areia. Ficamos algumas horas ali até seguirmos paro passeio. No lugar onde se pega o barco é um restaurante bem grande, tem até uma piscina de livre acesso! Bom mesmo. Mas chegamos em cima da hora, nem deu pra comer nada – por isso leve alguma coisa na mochila pra esse passeio, pois dá fome.
Praia de Maracajaú
            Porém, fica aqui um aviso importantíssimo! Antes de pagar esse passeio, TENHA CERTEZA de que você vai pegar Maracajaú na maré baixa!! Explico: o lugar, teoricamente, é como Maragogi, com piscinas naturais em alto mar, onde dá pra fazer snorkel e tudo mais (eu levei o meu de casa, mas lá você pode alugar a máscara e o snorkel). Mas, o que ninguém avisou, é que naquele horário, a maré estaria ALTÍSSIMA! Resultado, não deu pra ver absolutamente nada. Água muito turva, muito fundo, e com corrente forte. Entramos na água mas não vi nada. Foi decepcionante. Isso porque, nesse restaurante, eles vendem um mergulho com cilindro por R$ 100, mas só aceitam dinheiro ou cheque – foi a minha salvação não ter a grana na hora. Porque com aquela visibilidade, seria jogar dinheiro no lixo. Insisto, tenha certeza de que a maré vai estar baixa na hora do passeio de catamarã até as piscinas; informe-se no hostel, no site da Marinha, sei lá, mas certifique-se disso. Porque se for maré cheia, vai perder dinheiro. O passeio leva o dia todo, chegamos quase noite já.

- Cajueiro e Pirangi: Até o Cajueiro dá pra ir de busão. Você pega na avenida da Rota do Sol (pertinho do Verdes Mares), linha ‘Tabatinga via Pirangi’ e diz que vai descer no cajueiro – eles param na frente. A tarifa estava R$ 2,40, porque é intermunicipal, o circular normal é R$ 2,00. O cajueiro vale a visita por causa da fama, mas é pouca coisa pra se ver; R$ 3 de entrada, você vê as raízes (quando eu fui tava sem frutos) e sobe num deck de madeira pra ver de cima, a enorme copa da árvore! Mas é coisa rápida, menos de quinze minutos eu tava fora. Aí tem umas lojinhas de artesanato, de castanhas, licores (não compre o doce de caju, horrível). Saindo desse lugar, duas quadras depois, já chega na praia de Pirangi. Aqui fica a Marina Badauê, que faz um passeio de barco parecido com o de Maracajaú, mas eu não fiz, fiquei apenas na praia. A praia é bacana, bem plana, no esquema do nordeste mesmo; dá pra ficar algumas horas boas ali. Pra voltar, eu peguei busão mesmo, fui subindo até chegar numa rua que me pareceu a principal, aí perguntei onde era o ponto de ônibus e pronto, fácil. Pega o ônibus para Ponta Negra e desce pertinho do hostel. No caminho de ida para o cajueiro, você passa em frente ao estádio ‘Frasqueirão’ (não me lembro o time) e da base aérea ‘Barreira do Inferno’. Eu parei na frente dessa base, no sábado, porque haveria um evento da aeronáutica que eu achei que era ali, mas foi no aeroporto (corri pra lá depois). Nessa Barreira, as visitas internas tem que ser agendadas e me parece que é só em alguns dias da semana (não fiz essa visita, apenas tirei umas fotos da entrada da base e dos aviões e sondas que tem do outro lado do acostamento). 
Copa do cajueiro
- Litoral sul: Tem passeio pra esse lado também, mas eu não fiz por passeio porque tenho um amigo em Natal que me levou de carro. São várias praias pra se conhecer, mas a maioria apenas para contemplação e fotos, pois várias são de difícil acesso ou perigosas. Eu me lembro mais ou menos que foi (não nessa ordem): Búzios, Tabatinga, Cotovelo, Camurupim. Búzios dizem ser bem perigosa devido a correntes marítimas fortes, não recomendada para banho. Tabatinga tem umas falésias e um tal mirante de golfinhos (não vi nenhum). Já Cotovelo e Camurupim dá pra nadar sim, mas eu não sei como é a rotina e os horários de um passeio. Existe uma tal Lagoa de Arituba (acho que é isso). Como era um sábado, véspera de feriado na segunda, o lugar estava horrível! Lotado de farofeiros, inclusive com ônibus. Passamos com o carro mas nem paramos, não valia a pena.
 
- Praias urbanas: Devo ter mencionado que achei Ponta Negra a melhor, mas existem outras. Como conheci vários natalenses, fui pra essas praias de carro, mas acho que dá pra ir de busão também. Depois de Ponta Negra, tem a via costeira, que é uma avenida enorme, a beira-mar, cheia de hotéis de luxo, mas a praia nesses pontos é deserta, porque só tem os hotéis, então nem rola ficar nelas – eu não fiquei e não vi ninguém. Logo depois da Via Costeira, vem a praia de 1) Areia Preta; me disseram que é o metro quadrado mais caro de Natal. Realmente tem vários prédios bacanas, hotéis, mas só passei por essa praia, não fiquei nela; me pareceu muito cheia de pedras, com poucos trechos bons para banho; 2) Praia dos Artistas: essa é mais extensa, mas com muito mais pedras; em alguns trechos, na maré baixa, formam-se piscinas naturais. Mas também só passei, não fiquei. 3) Praia do Forte: aqui fica o Forte dos Reis Magos, onde dá pra entrar (não fui pq cheguei e estava fechado) e dá pra tirar fotos bem bacanas, tanto do Forte quanto da ponte, vista de baixo). Antes do Forte tem um trecho da praia onde eu fiquei, entrei no mar; assim, como eu tava acompanhado foi engraçado, porque só tem nativo lá, mas não troco Ponta Negra por nada... Como disse, acredito que o ônibus passe por todas elas, mas só precisa ficar espero pra voltar, porque eu acho que tem que pegar ônibus em alguma rua paralela à avenida que margeia a praia, porque ela é mão única. Bom, mas isso é só perguntar que sempre vai ter alguém pra te ensinar.

- Centro histórico;
            Queria ter ido, mas não fui. Passei de carro, a noite, e vi pouca coisa. Sei que tem um centro turístico que funciona num antigo presídio, algumas igrejas antigas, dois teatros daqueles enormes. Eu até gosto desse tipo de coisa, arquitetura antiga e tal, mas dessa vez eu tava tão ‘ocupado’ com a praia e os amigos que confesso que nem me lembrei de ir pra lá durante o dia, hehe. Ah, tem também um tal de ‘mercado do bairro Petrópolis’, que eu também queria ter ido pra comer coisas típicas, mas até hoje não tenho ideia de onde fica. Ou seja, nesse quesito, vou ficar devendo. Se for, você me passas as infos depois, ok?

- Onde comer:
            Eu achei alguns lugares bacanas para comer em Natal, porém nenhum com prato feito, self-service (mas certeza que tem algum, impossível não haver nenhum). Na avenida da praia de P. Negra (Av. Erivan França) tem várias opções de restaurante, para vários bolsos e gostos. Eu comi duas vezes na ‘Barraca do Caranguejo’ (não fica na praia, mas do outro lado da avenida); vindo do hostel, assim que descer a ladeira, vira a esquerda e é uns dos primeiros. No alto, tem a placa com o nome do restaurante e também outra com ‘rodízio de camarões’; comi nesse rodízio com mais dois amigos que conheci no passeio de Maracajaú, foi bom, eu gostei. E o legal que em alguns dias da semana, a noite, eles tem apresentações de danças e músicas bem tradicionais do RN, coisa que eu acho válida. Vou colocar mais alguns que eu lembro:
- Astral sucos: fica no calçadão da praia em P.Negra, na parte onde não passam carros. Tem lanches, açaí e uns sucos bem gostosos. Com o calor durante o dia, às vezes é melhor um açaí do que um prato de camarão...
- Camarões: esse restaurante virou uma lenda pra mim. Famosíssimo em Natal, tem quatro unidades (duas em Ponta Negra) e vive lotado! Quando fui, enjoei de esperar e desisti, voltei pra casa sem conhecer. Se tiver oportunidade, acho que deve ir (depois me conta, hehe).
- Mangai: esse eu recomendo sempre! Já tinha conhecido em João Pessoa e fiz questão de conhecer o de Natal. Tão maravilhoso quanto! Comida nordestina típica, numa variedade absurda, e uma delícia! Caro? Pela qualidade, acho justo: R$ 39,90 o quilo. Entre jantar, sobremesa (experimente o coco ‘zoião’, cocada com sorvete...) e bebidas, gastei R$ 50, sozinho! Mas gasto mesmo, nesse lugar pago com gosto. Ele fica longe de Ponta Negra, na Rua Amintas Barros, nº 3300, Lagoa Nova; paguei R$ 22,00 cada viagem de táxi para ir e voltar (ou seja, quase R$ 100 num jantar) mas como disse, fiz com gosto. Pode ser que você vá e não ache tudo isso, mas eu sou doido pelo Mangai. E se puder, vá pelo menos uma vez pra conhecer.
- Tapiocaria Casa de Taipa: já mencionei, fica ao lado do Lua. Muito boa a tapioca de lá (carne seca com nata é a minha indicação), aceitam cartão.
- Numa rua marginal a Av. Rota do Sol (perto do Verdes) tem uma casa de caldos. Não lembro o nome, mas eu comi uns caldos lá muito bons. Se estiver com preguiça de andar muito, mas estiver com fome, talvez seja uma boa.

          Não vejo a hora de ser possível voltar pra Cidade do Sol. Natal é, sem dúvida, minha capital nordestina preferida.

5 comentários:

  1. Olá;

    Adorei seus vídeos de Fernando de Noronha. Sou bióloga e SONHO com esse lugar lindo!!! kkkk. Moro em Natal e jpa trabalhei na APA DE GENIPABU. A Lagoa que você tirou foto, onde ficam os carinhas com as latinhas, sabe? Pertence ao estado do Rn e quem "toma conta" é o IDEMA, órgão responsável pelo meio ambiente. Tenho várias informações sobre esse lugar, se interessar me mande um email: carlabsales@gmail.com. Abraços e parabéns pelas fotos.

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  2. blz pelas dicas to indo para natal e ja vou mais ligado

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  3. em natal ,nao fiquei muito , mas em barra do rio , sim ...jenipabu,foi maravilhoso , afora os passeios até o cabo de sao roque .Conheci carla baeta, suas fotografias lindas da natureza,de rn,perfeitas.se a carla vivesse no sul do brasil , seria uma dra em botanica ou em biologia.mas la em rn , nao tem seu maravilhoso trabalho reconhecido , apesar de sua competencia e conhecimento.ela cuida da reserva da lagoa de jenipabu,apa.
    espero que o poder publico faça alguma coisa, pelo local e preserve tambem o conhecimento de carla baeta,para que a apa continue a existir com sua beleza e condições preservadas. GENI BELBET CURITIBA-PR

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  4. Gostei de mais das dicas, mas ficou faltando conhecer o aquário de lá!!! Não conheço natal ainda mas suas dicas foram de grande valia!!! Principalmente as pro mergulho!

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  5. o nome da casa de caldos que você falou em Ponta negra é CTI do Caldo.

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