quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Sozinho no Sergipe

     Estive no Sergipe entre os dias 22/09 e 01/10/2015, por isso leve em conta que, se for em outro período, nem tudo o que descrever aqui pode estar do mesmo jeito, especialmente em termos de clima.

     Antes de falar de Aracaju, vou escrever sobre a cidade de Piranhas, já em Alagoas. Eu resolvi passar duas noites em Piranhas a fazer o passeio para o Xingó saindo e voltando de Aracaju. Fiz isso seguindo a dica de dois amigos que já conheciam a região e me recomendaram. E eu aprovei.

     Para ir para o Xingó saindo de Aracaju, é preciso encarar umas três horas dentro de uma van para chegar até a hidrelétrica em Canindé do São Francisco. Uma vez na represa, pega o catamarã, segue por uma hora barragem a dentro até o ponto de banho, onde todos ficam por mais uma hora. Depois, outra hora para retornar até Canindé. Todos que vão saindo de Aracaju acabam almoçando no restaurante que existe nesse local de embarque/desembarque do passeio. Na época, o almoço custava R$ 35 por pessoa (sem bebida). Embora seja um local bastante agradável, não sei se a comida é boa, mas não há opção. É o único local para almoço. Aí, depois disso, outras três horas de estrada para voltar para Aracaju. Parece-me muito cansativo mesmo. Isso sem contar que se perde a chance de conhecer Piranhas (Canindé não tem nenhum atrativo), única cidade do sertão nordestino tombada pela Unesco. Já que se andou tanto, por que não andar mais um pouquinho e conhecer Piranhas? Eu recomendo.

Ponto de parada para banho. Dez metros de profundidade, mas com boias à vontade, para quem precisa.

     Piranhas é muito pequena, a parte histórica ainda menor, possível de se conhecer em uma tarde de caminhada - em algumas épocas do ano, a cidade sedia alguns eventos e torna-se mais procurada - e tem um atrativo ímpar: fica às margens do Rio São Francisco. O trecho do rio que passa por Piranhas é totalmente "nadável", água morna, limpa, com pouca correnteza perto da margem. É muito gostoso você poder sair da pousada, descer alguns degraus e poder se banhar nas águas do Velho Chico.

Desse jeito. Você caminha alguns metros e se depara com essa beleza. Eis o Rio São Francisco.

    Eu fiquei hospedado na pousada "Porto de Piranhas", a qual reservei pelo Booking. Gostei. Quarto com ar-concionado, chuveiro com boa pressão, café da manhã bem variado, funcionários gentis e prestativos (Nordeste né, infalíveis no quesito acolhida) e às margens do São Francisco. Eu via o rio da janela. Ali mesmo no hotel eu reservei o passeio para o Xingó e paguei no cartão de crédito (esqueci o valor, sorry). Como estava sozinho, no dia do passeio contratei um moto táxi para me levar até o local de embarque do passeio. Paguei R$ 30 ida e volta - o motoqueiro ficou estava me esperando assim que voltei do passeio. Se fosse de carro, o mesmo percurso seria o dobro do preço. Não sei se a usina de Xingó permite visitas, ninguém me ofereceu esse passeio e confesso que não me informei pois tinha pouco tempo para ficar por ali. Bem perto da usina existe o MAX - Museu Arqueológico do Xingó. Quando passei em frente, de moto, não vi qualquer movimentação que indicasse visitantes por ali, logo também não posso recomendar.

Pousada Porto de Piranhas

     Além do passeio para  Xingó, existe outro, o da Rota do Cangaço. Ele sai dali de Piranhas mesmo, desce um trecho do rio e depois é feita uma caminhada até a Grota do Angico, local onde Lampião e Maria Bonita foram mortos. Eu li a respeito desse passeio antes e, mesmo tendo interesse nesse universo do cangaço, não me animei. A caminhada é debaixo do sol escaldante do sertão, para chegar num ponto onde existe apenas uma placa indicando que ali ocorreram os fatos. Ok, grande importância histórica, mas nada que justificasse a grana gasta e uma possível desidratação. Fora que, caso fizesse, meu tempo ficaria curto. Enfim, não fiz.

     Uma observação importante caso resolva se hospedar em Piranhas: certifique-se que a pousada fica na parte histórica, em "Piranhas velha", perto do rio. A parte nova da cidade não tem atrativo algum e fica longe da parte velha, tem que pegar um trecho de rodovia, inclusive. Quem está de carro, beleza, isso não atrapalha, mas quem vai de busão como eu fui, complica e muito. Digo isso pois, quando estava pesquisando as pousadas no Booking, havia encontrado uma que me pareceu interessante, tanto pelo preço quanto pelas instalações. Felizmente não reservei essa. Sem carro, uma furada. Longe demais da parte histórica.



- Como chegar em Piranhas:
Não existe ônibus que vá de Aracaju para Piranhas. Tive que comprar passagem até Canindé do São Francisco pela empresa Rota, na linha que segue até Paulo Afonso, na Bahia. Paguei R$ 29,00. Existem outras duas empresas que também fazem esse percurso, Coopertaju e Coopertalse, mas são micro-ônibus que param o tempo todo e a diferença de preço não compensa o desconforto. A viagem dura umas quatro horas, com uma parada em Nossa Senhora das Dores (ou da Glória, não lembro). Pedi para descer na rodoviária de Canindé e de lá peguei um táxi (o único que tinha lá) e fui até Piranhas por R$ 40. Quando comprei a passagem de ida, a vendedora perguntou se eu queria a da volta; disse que não, pois queria deixar a volta aberta - vai que eu não gostasse e quisesse vir antes. Pois bem. Deveria ter comprado. São apenas dois ônibus por dia que passam por Canindé até Aracaju. Quando cheguei na rodoviária de Canindé e fui comprar a passagem, o vendedor disse que, como o ônibus já havia saído de Paulo Afonso, ele não podia mais vender passagem por ali, pois ainda que houvessem lugares disponíveis no ônibus, o motorista poderia pegar mais passageiros no trajeto e, quando chegasse em Canindé, eu não teria onde sentar. A única saída era esperar o ônibus e ver se havia lugar livre. Por sorte, ainda restavam três poltronas vazias - as quais foram ocupadas ali mesmo em Canindé. Creio eu que isso se deu por ser numa sexta-feira, pois quando eu fui, na quarta, o ônibus seguiu praticamente vazio.
     
- O que fazer:
Como disse anteriormente, a parte histórica de Piranhas é bem pequena, logo dá pra conhecê-la por completo a pé. Existem dois mirantes acessíveis por escada - haja fôlego - sendo que um deles, o mais alto, tem um restaurante; esse também é acessível de carro, indo pela rodovia. Vale o esforço, pois a vista é maravilhosa. Existe o "Museu do Sertão". Paguei R$ 2, mas é muito pequeno, muito mesmo.
Foto tirada no topo de um mirante, o qual tem o bar. Adiante, a escadaria para o outro mirante.
O museu vale pelo letreiro.


- Comer e beber:
     Dado o tamanho reduzido da cidade, não existem muitas opções. Não vi mercado na parte histórica, tampouco um restaurante onde os locais comessem, creio eu que esses fiquem na parte nova da cidade. Existem uns restaurantes na beira do rio, onde almocei duas vezes, mas confesso que não ficou muito barato não. Como disse, faltam opções.

     Em suma, ficar em Piranhas vale para evitar o cansaço do bate e volta Aracaju/Xingó, tomar banho nas águas do São Francisco e conhecer mais uma cidade do sertão nordestino. Duas noites, tá ótimo.

     Agora, a capital sergipana.

     Aracaju não é muito famosa por sua praia. Compreensível. Uma vez que o Rio Sergipe tem sua foz na cidade, as águas ficam turvas pela suspensão da areia. Além disso, a faixa de areia é muito extensa, fator que inviabiliza a existência de barracas em muitos pontos - em certos trechos, parece que você está num lugar remoto como Jericoacara, tamanha a quantidade de areia e a distância da orla até o mar. Talvez por isso a orla é tão bem projetada, sem dúvida uma das melhores orlas do país - no que se refere à intervenção humana, não a belezas naturais, que fique claro. É um excelente lugar para quem viaja com crianças ou em grupos de mais idade. É perfeita para caminhar, pedalar, tem vários pontos para comer e beber, rende ótimas fotos.
Não disse que a faixa de areia era imensa?

Um dos mais belos trechos da orla. A praia fica além desse lago.
Aqui é o trecho chamado de Coroa do Meio, faixa de areia mais estreita e ponto mais próximo do Rio Sergipe
     A capital do Sergipe se desenvolveu às margens do rio. O trecho da praia foi ignorado durante um bom tempo, pois conforme pude observar numa foto aérea em exposição no aeroporto, ainda na década de oitenta, a região que hoje é a orla de Atalaia era um enorme terreno baldio. Não sei quando começaram a urbanizar a região, mas certo que foi recente. Os prédios são todos novos, vários hoteis recém inaugurados - outros tantos abandonados antes mesmo da conclusão. Não existe supermercado - nenhum! - em Atalaia, tampouco grandes farmácias. Achei um mercadinho bem simplório perto da Passarela do Caranguejo e uma única farmácia, a umas sete quadras de onde estava hospedado.

Repare na parte superior da foto. Assim era Atalaia na década de 80.

- Onde ficar:
     A princípio, fiquei hospedado no AJU Hostel - www.ajuhostel.com - pois queria gastar pouco. Só que não se fazem mais hostels como antigamente. A localização não é ruim, fica perto da praia, do terminal de ônibus, de alguns bares legais e tudo mais. A estrutura do hostel é boa, uma construção grande, com um espaço legal para o café da manhã, ar no quarto sem restrição de uso, banheiro bem espaçoso, uma sala de convivência bem ampla. Porém tive alguns problemas. Ao chegar no quarto, não pude escolher em qual cama ficar, mesmo tendo mais várias livres, fui "designado" para uma delas e pronto. O problema é que o quarto está preparado para três beliches, possui seis armários inclusive. Acontece que colocaram uma cama extra, ficando duas camas de solteiro lado a lado, com um espaço mínimo entre elas, quase uma cama de casal. Adivinhe em qual cama eu tive que ficar... No fim do mesmo dia, todas as outras camas foram ocupadas e quem chegou por último ficou sem armário, sem tomada e sem luz de cabeceira. O funcionário que me recebeu disse que era uma situação provisória e que no dia seguinte a cama seria retirada e tal. Não foi. O wifi oscilava muito, o a pressão do chuveiro era fraca demais e com frequência algum fusível caía e apenas o ar seguia funcionando, todo o resto apagava. Resumo da ópera: iria ficar seis noites, acabei ficando apenas duas. Acabei reservando de última hora o Ibis Budget ali em Atalaia mesmo. Minha salvação. Nessa viagem ficou certo pra mim que meus tempos de albergue terminaram. Já me hospedei muito, já me diverti muito, tenho muitas histórias pra contar, mas hoje, não dá mais.
A decoração é boa

Essa cama bem no cantinho inferior direito era pra estar na mesma posição das outras, mas não...

     Com relação a localização da hospedagem, acho mesmo que tem que ser em Atalaia. Mesmo ainda faltando algumas coisas importantes é o local mais preparado para quem não é dali. O centro tem poucos atrativos (depois falo dele) e ficar hospedado ali pode ser meio decepcionante. Por mais que a praia não seja maravilhosa, mar é mar, e a orla compensa muito. Ou seja, fique em Atalaia.

- Onde comer:
     Por razões que já expus, a oferta em Atalaia para comer também não é muito grande. Não há shopping algum por perto (sim, embora ninguém viaje para ir em shopping, às vezes é lá que temos opções baratas para comer) e a maioria dos restaurantes visa o turista. Aliás, Atalaia só existe por conta do turismo. Enfim. O pessoal do albergue recomendou um restaurante, mas acabei não indo. Na avenida da praia eu encontrei o “Bistrô Pizzaria Chic”. Apesar do nome pomposo, é um lugar simples e que serve executivo na hora do almoço. Comi por ali mesmo e posso recomendar para um refeição mais em conta, mas que alimenta; nada fora do comum, mas também nada desagradável.

     Como disse, as opções para turistas são muitas, boa parte caras e/ou desinteressantes – me perdoe, mas paulista que vai pro Nordeste e procura pizzaria é muito preso na sua zona de conforto mesmo. Eu fujo. Procuro sempre o peixe e a tapioca. Entretanto, há uma exceção, um local para turista ver, sim, mas que não custa uma fortuna e tem uma comida maravilhosa: República dos Camarões. Eu devo ter ido comer nesse lugar umas cinco ou seis vezes. Pratos bem servidos (e tem a opção para uma pessoa, o que é uma bênção), muito saborosos, com camarão mesmo e não aquela pataquada da Vivenda do Camarão. Muitos tipos de preparo, diversos molhos e acompanhamentos. Em suma, vá. Ok, não atinge o nível do Camarões potiguar – esse o melhor de todos – mas não decepciona. Ao menos o República é, sim, mais barato.

   Infelizmente não achei uma ‘tapioqueira’ que valesse a recomendação. Não sei, mas parece que falta uma certa legitimidade em Atalaia, não rola muito uma identidade, uma referência só deles – talvez a orla...

- Passeios:
     É, às vezes a gente tem que apelar para agências, não tem outro jeito. No meu blog "Decerto" , mais especificamente nesse post AQUI, eu fiz um relato mais detalhado sobre o problema de algumas agências, por isso não vou me estender nesse tópico. Vou me ater à descrição dos passeios.

Mangue Seco: A van - empresa de turismo Cristal - passa na pousada e segue até a chamada Praia do Saco. Se você contratou o passeio para Mangue, você não fica aqui, a parada é apenas para desembarque para quem comprou o passeio para a tal praia, especificamente. Feito o desembarque, seguimos viagem até o Rio Piauí, onde pegamos uma embarcação até Mangue Seco. Uma vez no vilarejo, contrata-se um bugue (leia o meu post linkado acima para entender por que o bugue não tá incluído), o qual segue por algumas dunas, três paradas para fotos e, em seguida, parada numa praia para almoçar e ficar curtindo, em tese, o mar. Você não pode escolher nada, qual restaurante comer, qual praia visitar, é tudo empacotado e, pior, feio. Eu não gostei nem um pouco do passeio até Mangue Seco, provavelmente pelas altas expectativas criadas. Não volto. Aliás, só voltaria com uma turma muito boa, de graça e de carro, para poder explorar mais. Do jeito que foi, não me pegam mais. Ah sim, não me animei a voltar no dia seguinte para a tal Praia do Saco. Os que foram até que elogiaram, mas não senti tanta empolgação. Casais em lua de mel, aí tudo são flores.
Uma das paradas para fotos antes da praia

Disseram que já apareceu em novela. Não me lembro.

Ok, são folhas, natural, mas mais adiante vi até uma porta de geladeira abandonada. Faltou a foto...

Foz do Rio São Francisco: (fiz esse passeio com a Nozes Tur).
Creio que esse não seja possível fazer de carro, pois mesmo que haja um grande percurso na estrada até Brejo Grande, de lá é preciso ir numa embarcação – meio óbvio né. Pode até ser que uma lá em Brejo seja possível contratar algum barqueiro ou até mesmo entrar em algum grupo de agência, mas isso eu realmente não sei, não fiz e não vi ninguém fazendo. Melhor se informar antes. Assim como sempre é, chegando no local de embarque, já somos conduzidos a um restaurante; não há opção de escolha. O cara do restaurante lhe apresenta um cardápio com poucas opções de almoço, todos os pratos a R$ 35 (sem bebida), mais uma vez, escolher não é uma opção (soou estranho, mas é assim mesmo, entenda o contexto). Eu pedi peixe em posta, carne eu como no Sudeste. Você faz o pedido antes do passeio para que tudo esteja pronto na volta. Beleza, fomos.

Éramos apenas cinco pessoas – eu deveria ter ido no dia anterior, mas ninguém mais se interessou. Chovia, o que de cara já mostrava que o passeio ficaria comprometido. O catamarã era bem, digamos, mambembe. Duas mesas de plástico, com quatro cadeiras cada. E só. Nada de deck superior para fazer o rico, nada de bancos estofados. Nada. Tinha lá as cervejas, caipirinhas, porções para pedir, mas não me animei. Fiquei na água com biscoito mesmo. E choveu, torrencialmente. Fotos prejudicadas, mesas molhadas, todos encolhidos no canto – ainda bem que éramos apenas cinco pessoas. O desânimo foi tanto que, ao chegar no local, todos concordaram em ficar apenas meia hora por ali, pois sem sol a razão do passeio deixou de ser. Sim, vimos a foz, a paisagem deve ser deslumbrante com o tempo aberto, dá pra nadar no rio, tem até uma lagoa no meio da duna. Só que não rolou. Antes um trecho para pode explorar – afinal, já estava ali – e fotografar, mas os trinta minutos foram suficientes.

Se um dia voltar a Maceió, me informarei para retornar à foz vindo de cima. Quero ver aquele lugar com sol a pino.
Pois então. Aqui, o São Francisco. Adiante, as ondas do Atlântico.

Pense nessa foto com um céu limpo, sol forte. Pois é...

Centro de Aracaju: Não sei você, mas em viagens eu gosto muito de ir para onde os locais frequentam, ver o dia a dia deles, no ir e vir do trabalho, nas compras, nas ruas, ouvir os sotaques e as gírias, me misturar como se fosse um deles. Claro que nesse caso não há necessidade de agência, acho que nem oferecem esse passeio. Basta um pouco de disposição, um celular com gps e pronto. Estudei o mapa antes de ir, peguei um circular e segui para o Centro (no meu blog Decerto tem um relato sobre minha experiência com os circulares de Aracaju, com valores e tudo mais).
   
Ao fundo, lado esquerdo, palácio do Governo do Estado do Sergipe.

Não sei você, mas eu gosto muito de estar entre os locais. Acho um dos pontos altos da viagem.
Lá conheci o excelente Museu da Gente Sergipana, o qual tem entrada gratuita (infelizmente, não sei o que fiz, mas as fotos do museu se perderam ao subir todas para a nuvem...). Vale muito conhecer o local. Só não vai ser interessante para aqueles que viajam para tirar selfie e tentar causar inveja no vizinho. Quem vai para realmente conhecer o seu país, deve visitar esse local. Também visitei o Centro Cultural de Aracaju, também gratuito e com visita guiada; menos atraente que o Museu da Gente, mas isso porque fui durante a tarde de um dia de semana. Existem vários espaços para eventos, como sala de projeção, teatro, biblioteca, então acredito que existam muitas coisas boas para se ver e fazer ali, basta dar a sorte de estar na cidade no período em que elas acontecem.


Outro ponto a ser visitado: Mercado Municipal. Uma festa para os olhos e para os ouvidos. O de São Paulo é mais “gourmet”, mais pra inglês ver, eu acho (não que seja ruim, gosto muito); já o de Aracaju é do povo mesmo, onde se vende e se compra de tudo. Além das frutas e legumes, claro, roupas, cereais a granel (castanhas!), eletrônicos, uma variedade monstro de peixes e demais seres aquáticos e os restaurantes que servem comida local, nada maquiado para turista de CVC – nem preciso dizer que não vi nenhum turista ali, né? Eu gostei muito da experiência. Perto dele há um outro ponto, uma mercado de artesanato, cheio de lugares para, quem gosta, se esbaldar nas compras. Toda a sorte de artesanato, barracas de doces caseiros, queijos, flores e até animais de pequeno porte à venda. Fiz todos esse lugares a pé, depois de ter vindo do centro de ônibus.

Eu cheguei a cogitar a ir para Laranjeiras ou São Cristóvão, duas cidades históricas próximas a Aracaju, mas acabei focando nesses passeios – e também queria tempo para flanar pela cidade – acabei não indo. Ainda não sei se me arrependi ou não.

- De volta à orla:
Com relação às bicicletas, Aracaju tem a “Caju Bike”, que nada mais é do que o mesmo sistema de aluguel de bicicletas existente no Rio de Janeiro, a única diferença é a cor azul em referência ao patrocínio da NET – no Rio o Itau patrocina, por isso laranja. Embora tenha um aplicativo próprio, todo o processo é idêntico ao do Rio, sendo que nem precisa fazer um novo cadastro, basta usar login e senha do Bike Rio e voilà. O problema é que são poucas estações na orla, outras tantas ficam pelo Centro; acontece que para sair de Atalaia de bicicleta até o Centro não há ciclovia e todo mundo sabe bem o que acontece quando um ciclista resolve dividir espaço com motorista. Ou seja, melhor não. Ainda assim vale o aluguel, como disse mais de uma vez, a orla é muito agradável e pedalar por ela torna-se algo bem agradável.
Essa ciclovia, cuja extensão é minúscula está na praia de Aruana, bem a frente de Atalaia, sentido sul. Não existe uma dessa ligando a orla ao Centro...

No fim, esse post acabou ficando apenas como um complemento dos posts que eu já havia feito no meu outro blog, o qual creio eu, já que chegou até aqui, já deve ter conhecido. Não é muito do meu feitio fazer isso, separar as informações em dois blogs, mas como dessa vez eu resolvi fazer os relatos durante a viagem, acabou ficando desse jeito. Então, basta um pouquinho de paciência para ficar clicando aqui e acolá que no fim dá tudo certo.

Caso precise de mais alguma informação, só entrar em contato, seja pelos comentários, e-mail ou Facebook. Podendo ajudar, faço de bom grado.

Grato pelo acesso e por chegar até aqui.

Enfim. É isso.



Um comentário:

  1. Merkur 3D Leather Merkur 3D Safety Razor - Deccasino
    Merkur 3D Leather Merkur 3D Safety Razor worrione from Merkur. 1xbet korean Made with premium Merkur leather making it ideal for shaving needs.$29.90 · ‎In stock deccasino

    ResponderExcluir